Nestes dias estou com muita preguiça. Tamanha ela, que cheguei a não voltar para casa e acabei passando a noite no laboratório por não querer encarar esse frio maldito. Detalhe: meu apê fica a 10 minutos a pé da facul. Matutei depois: que merda é essa?? Que p*rra que estou fazendo aqui?? Divaguei mais ainda, e me acalmei logo em seguida pensando que o fim está próximo. Mais um mês e pouco e já estarei na terra prometida. Minto, mais 2 meses e estarei na terra onde nascem pés-de-manga, goiaba, banana, maracujá, abacate, mamão e amora em pleno quintal, onde o amarelo é ouro, as florestas são mais verdes, o céu é mais azul, e a corrupção e a malandragem correm soltas...
Mas essa preguiça me fez lembrar da outra "preguiça", ou melhor da "vagabundagem, vadiagem e ociosidade" enquanto estava no país tupiniquim, berço das coisas boas da minha vida.
A quanto tempo não tiro uma soneca depois do almoço de domingo...
A quanto tempo não deito numa rede com um copo de caipirinha apoiado na barriga, num dia de sol e Bezerra da Silva a cantar do meu lado, bombando nos autofalantes e dizendo: "Malandragem dá um tempo"...
A quanto tempo não recebo um telefonema perguntando o que vou fazer e responder: "Sei lá, agora estou com preguiça de pensar... Aliás, tem um churras lá na casa do Vader mais tarde, partiu pra lá."
A quanto tempo não deito no sofá e fico pulando de canal em canal tentando achar um jogo de futebol, nem que seja da segunda divisão do campeonato amazonense...
A quanto tempo não vou à praia ver as musas que nos inspiram tanto passarem...
Às vezes penso que de tanta saudades que tenho do País Tropical, eu não estaria aproveitando suficientemente o país do sol-nascente, terra dos meus antepassados. Fico puto, com raiva, mas nada adianta. Vou fazer o quê? Contudo, segundo meus amigos e colegas nipônicos, dizem que estou aproveintando até "demais". Vai saber, talvez eu esteja mesmo e ainda não percebi. Talvez sentirei falta dessa correria e pontualidade japonesa, dos caras gritando ao pé do meu ouvido quando entro em um restaurante, das lojas de conveniência extremamente convenientes e dos porres com meus bons amigos quando estiver de volta à terra de Artur Miró, Anabela Gorda e Jesus Correia (Meus filhos, Meu tesouro - Jorge Ben).
Entretanto, de uma coisa tenho certeza: quando eu voltar, o meu domingo vai ser sagrado, muito sagrado. Vai ser dia de fazer churrasco, tomar muita cachaça e deitar na rede. Dia de ir à praia no final de tarde e ver as curvas das mulheres brasileiras passarem. Dia de escutar boa música, ver futebol e dormir um sono tranquilo...
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5 comments:
ermaaaaaaaao!!!
nao se preocupe que vamos ter muuuuuitos domingo de preguicinha juntooooos!!
saudadeeeeee
acaba logo e veeeem!!!
quero praiaaaaa!!
amo-te pra sempreee!!
Vai sim Ssioca... vc vai sentir saudades da terra dos seus antepassados, qndo estiver novamente na terrinha verde e amarela.
E mais... vai perceber que a visão critica e saudável que vc tem hj do BR só te foi possível, exatamente por ter conseguido olhas nosso pais de fora.
Eu sei que a saudade aperta... mas sinta-se feliz e privilegiado pela oportunidade.
Quanto a nós (seus amigos, seu país e a priguiçinha gostosa que só a gente sabe ter), estaremos te esperando de braços abertos.
Bjaozao no coração... e uma apertadinha pra não perder o costume ;-)
Chega mais siocaa!!!
vamos fazer essas boas coisas que só o nosso país oferece!!
issaaa!!
abraxxx
meu bem...até parece que o ce nao aproveitou a terra nipônica...que isto!!! bora pra frente que o frio passa...e o brasilzão vai tá sempre lá!!
te entendo...sabe que estes dias me perguntaram aqui, pq que brasileiro gosta tanto de ser brasileiro e de falar do Brasil.....
eu pensei, pensei, e respondi..."Uai, pq é o Brasil porra!"...não dá pra explicar, né!!!
qq verde e amarelo faz sorrir....é a vida!!! bola pra frente que o mundo é nosso!!
saudades grande cassandra! se cuida pé gelado!
Como tu tá Moshi??? Manda notícia... te mandei um email, responde lá! Abraço!
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